domingo, 24 de agosto de 2008

Lalola II Capítulo 3

— Alô! Quem fala?
— Nathi? Sou eu, seu pai, Aguirre.
— Ah, sim. Porque esta me ligando?
— Desculpa se eu te incomodo filha, mas é que tenho uma coisa para te contar, antes que saiba de outra forma.
— A sim, como sempre em minha vida. Mas vamos lá Aguirre, o que é de tão importante que me tem pra contar, espero que seja importante mesmo, pois esta atrapalhando minha massagem diária.
— Desculpe por atrapalhar, é um minuto.
— Ok. Fale de uma vez.
— Nathália, Grace está grávida.
— O que?
— Isso mesmo que você ouviu, vou ter um filho, ou uma filha. Mas você vai ser sempre minha primogênita.
— Era isso? Algo mais?
— Não filha, nada mais, queria que soubesse da melhor forma possível. Te amo.
— Ok! Tchau.

Nathália desliga o telefone e por alguns instantes pensa em sua época de criança onde passou momentos felizes ao lado de Aguirre, quando ainda se suponha que eles eram realmente pai e filha.

— O que aconteceu meu amor?
— Nada de importante querido.
— Mas quem era no telefone?
— Aguirre.
— E o que queria?
— Me contar que sua querida esposa, ou sei lá eu o que, está grávida.
— Então você vai ter um irmão, ou irmã.
— Não vou ter irmão coisa nenhuma, se esqueceu que Aguirre não é meu pai?
— Não esqueci.
— Gastón, temos que voltar. Não posso deixar que isso aconteça. Além disso, não conseguimos o que me prometeu a um tempo.
— O que meu amor?
— Erradicar a Lola deste planeta.
— Não conseguimos antes e você acha que agora que está casada com Facundo vamos conseguir alguma coisa?
— Temos que conseguir. Vamos bolar alguma coisa enquanto nos preparamos para viajar.
— Já sei. Podemos provar que Lola não é Lola, que Lola na verdade é Lalo, que sofreu um feitiço.

— Chega com essa historia ridícula Gastón, já te falei mais de 10000 vezes que feitiços e bruxas não existem.
— Existem sim, eu falei com a bruxa que fez o feitiço, podemos convence-lá a provar o que estou dizendo.
— Chegaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Temos que pensar em outra coisa.

Enquanto Nathália e Gastón se colocavam a pensar em alguma coisa para tentar acabar com Lola, Aguirre ficou pensando se havia feito o melhor, será que Nathália mereceria esse afeto todo que sentia por ela? Como não encontrou nenhuma resposta, se colocou a imaginar como seria sua vida agora que seria novamente pai, ou melhor, agora que realmente vai ser pai.

— Oi meu amor. Como foi com Nathália?

— Nada bem, não se demonstrou comovida.
— Bom, não fique assim, já sabemos como é Nathália, com o tempo ela vai acostumar com a idéia, quem sabe não levamos o bebe para que ela conheça depois que ele nascer?
— Não sei se será a melhor idéia. Veremos.
— Sim, veremos, agora vai tomar um banho, se arrumar que temos uma festa para ir.

Enquanto isso em Back Alley.

— Pitter, me vê um caipirosca por favor.
— Claro Griselda.
— Obrigada querido.
— Oi Griselda, onde estão todos?
— Oi Sole, não chegou ninguém ainda.
— Lola e Facundo será que virão?
— Por suposto. Lola não deixaria seu querido Perez Pardo sozinho essa noite.
— Lola está casada com Facundo Griselda, não seja fofoqueira.
— Meu amor, quem já fez uma vez, faz duas, três.
— Você acha?
— Claro Patito, afinal Iure Perez Pardo disse a Aguirre que não queria a festa sem a presença de Lola.
— Cala a boca Griselda, Lola está com Facundo e não será capas de fazer uma coisa dessas.
— Concordo com Griselda Sole, que já fez uma....
— Cala a boca Patrício Miguel.

— Lola, enfim chegaste.
— Sim Iuri, cheguei, não imagina o transito que tem nessa cidade hoje.
— Aceita um champanhe?
— Não muito obrigada. Não posso mais beber álcool.
— Porque, me recordo que outra noite passamos muito bem, você tomou algumas tacinhas de champanhe.
— Sim, sim, mas agora é diferente, não posso mais.
— Bem, veio sozinha?
— Não Facundo está estacionando o carro.
— Tomara que demore, assim passamos mais tempo juntos.
— Boa noite.
— Boa noite Facundo.
— Quer tomar alguma coisa meu amor?
— Um suco.
— Suco? Achei que fosse pedir um wisk, ou algo do tipo.
— Não posso beber.
— Como não? Porque?
— Porque quem vai dirigir ate em casa? Eu, então.
— Ok meu amor, já te trago.

— Lola.
— Grace.
— Preciso falar com você.
— Grace esse é Iuri Perez Pardo, o novo investidor da revista. Iure esta é Grace, minha amiga e mulher do Aguirre.
— Muito prazer Iuri.
— Muito prazer Grace. Vejo que Aguirre tem bom gosto para escolher suas funcionárias e mulheres também.
— Obrigada Sr. Perez Pardo, posso roubar a Lola um minuto?
— Claro fiquem a vontade.

— Que foi Grace?
— Contei pro Aguirre da grávidez.
— Te pedi pra não falar nada.
— Falei da minha, não da sua.
— Não parece muito feliz ele Grace.
— Acontece que ligou pra Nathália para contar a notícia.
— E?
— E que ficou deprimido porque ela não demonstrou nenhum sentimento de felicidade, ou de raiva.
— Coitado Grace, temos que fazer alguma coisa pra animá-lo.
— Sim, sim. Espero que o que o Pato tenha arrumado o anime.
— Espero que não seja mais strippers.
— E Facundo? Deve estar radiante com a notícia em.
— Que notiíia?
— Lola. Você contou pra ele que esta grávida ne?
— Não pude ainda.
— Lola, Lola, Lola, ate quando vai esperar? Ate que sua barriga esteja grande e ele descubra sozinho?
— Acontece que não tive tempo, não é uma noticia que se da assim. Facundo esta muito ilusionado em ter um filho comigo, e se acontece alguma coisa e..
— E o que? Ta maluca? Não vai acontecer nada, e você vai me prometer que hoje mesmo vai contar pra ele.
— Ta bom, ta bom.

— Ola princesa. Esta sozinha?
— Ola. Quem é você? Me parece familiar.
— Meu nome é Carlo e o seu?
— Griselda.
— Posso te pagar alguma bebida?
— Champanhe.
— E depois, vamos pra minha casa ou pra sua?
— Hahahaha. Não está muito apressadinho Gordo???
— Ao contrario, acho que já demoramos muito.

— Grace, está vendo o mesmo que eu?
— O que Lola?
— Olha quem está conversando com a Griselda no bar.
— Não acredito. é o Lalo.
— Não Grace, não sou eu, é o meu ex corpo com a Daniela dentro. E sabe o que isso significa?
— Que corremos um serio perigo, se o Aguirre ver o Lalo aqui, nem sei o que pode acontecer.
— Só o Aguirre não, todos, qualquer um que ver o Lalo aqui vai se dar conta. Tenho que fazer alguma coisa.
— Sim, mas o que??
— Não sei. Vou ate lá e resolvemos isso.

— Oi, Carlo, lembra de mim?
— Oi, Lola não?
— Sim, eu mesma. Podemos conversar um minuto?
— Claro, sabia que você voltaria.
— Não é bem o que você está pensando, vem comigo por favor.
— Com licença linda, me espere aqui que já volto.
— Vai La com a Lola.

— Dani, o que você está fazendo aqui?
— O mesmo que você, me divertindo.
— Acontece que este é o bar onde o pessoal da revista vem depois do trabalho,
— E daí? O que eu tenho a ver com isso?
— Acontece que ninguém pode te ver aqui, eles vão acreditar que você é o Lalo, e pra eles o Lalo está na Alemanha, eles não sabem do feitiço.
— E o que você quer que eu faça? Eu moro nessa cidade, uma hora ele vão acabar descobrindo.
— Eu quero que você saia daqui e não apareça mas aqui, por favor, eu faço o que você quiser, mas por favor não venha mas aqui.
— Qualquer coisa?
— Sim qualquer coisa. O que você quer?
— Por agora eu vou embora pensar, mas te ligo assim que decidir o que eu quero.
— Ok. Muito obrigada por me ajudar Dani. Espero seu telefonema. Agora vai por favor, disfarçadamente.

— Grace cadê a Lola?
— Não sei Facu, deve estar no banheiro ou dando uma volta por ai.
— Sim, claro. E quem é aquele cara com quem ela esta saindo??
— Não sei, não to vendo homem nenhum Facundo. Você deve estar vendo coisas.
— Não se faça de desentendida Grace, você também está vendo, e ele me parece familiar daqui, mas não da pra ver direito.
— Então depois você pergunta pra ela e com certeza ela vai te explicar.
— Vai ter que me explicar, com certeza.

— Mais uma vez obrigada Dani.
— Obrigada nada, me prometeu fazer qualquer coisa, e eu vou te cobrar.
— Sim, sim claro. Agora tchau.
— So mais uma coisa.
— O que?
— Não me chame mais de Dani, meu nome agora é Carlo.
— Sim , sim. Me desculpe. Tchau


Lola imaginava o que teria acontecido se alguém da revista tivesse visto a “Lalo”, e o que poderia acontecer se alguém o encontre, como explicar o inexplicável? Por agora estava um pouco mais tranqüila, parece que ninguém encontrou com o corpo do Lalo.

— Lola, Lola.
— Oi Griselda, que foi?
— Como o que foi? Onde está aquele homem maravilhoso?
— Que homem Griselda?
— Como que homem, aquele com quem euzinha estava conversando e você roubou de mim.
— Não roubei nada de ninguém, aquele cara é um pilantra, só estava te salvando de uma arapuca. Deveria me agradecer por te ajudar.
— Como assim Lola. De onde vocês se conhecem, quem é ele?
— Não importa. O único que importa é que você não deve mais se encontrar com ele.
— Importa sim, Você tem que me explicar direito isso.
— Eu não devo explicações a ninguém, muito menos pra você.
— Pode ser que pra ela você não tenha que explicar nada, mas pra mim você vai tem que explicar. Quem era esse homem com quem você estava Lola?
— Facu!!!
— Sim, Facundo, seu marido, se lembra? E então Lola, vai me dizer ou não?

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